Niemeyer 5
O presente de Niemyer à hospitalidade francesa
Escultura inaugurada anteontem, nos jardins de Bercy, em Paris, custou 300 mil dólares
Uma escultura de aço, de 11 por seis metros, como se fosse uma mão com uma flor, pintada de vermelho, a cor do seu Partido Comunista. Foi este o presente de Oscar Niemeyer para a cidade que o abrigou nos tempos de exílio político, inaugurada anteontem, no centro de Paris.
Ela está nos jardins de Bercy, ao lado do prédio desenhado pelo arquiteto canadense Frank Gehry, num espaço consagrado a Itzak Rabin, o líder israelense morto em 1995 por um reliogioso fundamentalista, e em frente à enorme passarela em homenagem à escritora francesa Simone de Beauvoir, inaugurada há um ano.
Na cerimônia de inauguração, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, contou como surgiu o projeto, em sua visita ao Brasil, em janeiro de 2004:
--Ia para São Paulo quando me disseram que Oscar Niemeyer queria me ver. "Quem sou eu?", pensei. Mudei o meu programa. Quando cheguei na casa dele, naquele magnífico prédio de Copacabana no estilo art déco, ele me disse que queria dar um presente à Paris. Encontrá-lo foi uma das experiências pessoais mais humanas que tive - disse.
Niemeyer já tinha três outras obras em Paris
Segundo o prefeito, Niemeyer apresentou o primeiro esboço naquele momento:
-- Ele me falou de paz e liberdade, mostrou-me o desenho e me perguntou: "Você gosta? Quer mudar algo?" Imagina! Eu estava como uma criança diante de Niemeyer. Ele é um herói em Paris. Nós é que temos que agradecer.
A empolgação do prefeito ao falar do arquiteto e da relação dos parisienses com o Brasil foi tal que ele virou-se para Vera Pedrosa, embaixadora do Brasil na França, para dizer que era preciso que fizesse com que mais brasileiros venha a Paris, "porque eles contribuem muito para a cidade". A escultura é a quarta obra do arquiteto em Paris, depois da sede do Partido Comunista, da Bolsa do Trabalho, em Bobgny, e da sede do jornal "L'Humanité", em Saint-Denis.
Niemeyer deu a idéia de presente, mas sua execução teve um custo: US$ 300 mil, pagos pelo Carrefour Brasil.
Matéria de Deborah Berlinck publicada no jornal O Globo, Segundo Caderno, no dia 01 de fevereiro de 2007
Escultura inaugurada anteontem, nos jardins de Bercy, em Paris, custou 300 mil dólares
Uma escultura de aço, de 11 por seis metros, como se fosse uma mão com uma flor, pintada de vermelho, a cor do seu Partido Comunista. Foi este o presente de Oscar Niemeyer para a cidade que o abrigou nos tempos de exílio político, inaugurada anteontem, no centro de Paris.
Ela está nos jardins de Bercy, ao lado do prédio desenhado pelo arquiteto canadense Frank Gehry, num espaço consagrado a Itzak Rabin, o líder israelense morto em 1995 por um reliogioso fundamentalista, e em frente à enorme passarela em homenagem à escritora francesa Simone de Beauvoir, inaugurada há um ano.
Na cerimônia de inauguração, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, contou como surgiu o projeto, em sua visita ao Brasil, em janeiro de 2004:
--Ia para São Paulo quando me disseram que Oscar Niemeyer queria me ver. "Quem sou eu?", pensei. Mudei o meu programa. Quando cheguei na casa dele, naquele magnífico prédio de Copacabana no estilo art déco, ele me disse que queria dar um presente à Paris. Encontrá-lo foi uma das experiências pessoais mais humanas que tive - disse.
Niemeyer já tinha três outras obras em Paris
Segundo o prefeito, Niemeyer apresentou o primeiro esboço naquele momento:
-- Ele me falou de paz e liberdade, mostrou-me o desenho e me perguntou: "Você gosta? Quer mudar algo?" Imagina! Eu estava como uma criança diante de Niemeyer. Ele é um herói em Paris. Nós é que temos que agradecer.
A empolgação do prefeito ao falar do arquiteto e da relação dos parisienses com o Brasil foi tal que ele virou-se para Vera Pedrosa, embaixadora do Brasil na França, para dizer que era preciso que fizesse com que mais brasileiros venha a Paris, "porque eles contribuem muito para a cidade". A escultura é a quarta obra do arquiteto em Paris, depois da sede do Partido Comunista, da Bolsa do Trabalho, em Bobgny, e da sede do jornal "L'Humanité", em Saint-Denis.
Niemeyer deu a idéia de presente, mas sua execução teve um custo: US$ 300 mil, pagos pelo Carrefour Brasil.
Matéria de Deborah Berlinck publicada no jornal O Globo, Segundo Caderno, no dia 01 de fevereiro de 2007
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