Amor eterno
Abraçados pela eternidade
Arqueólogos descobrem na Itália esqueletos de casal sepultado unido há mais de cinco mil anos
Roma - Arqueólogos italianos que escavavam nos arredores de Mantova, no norte da Itália, fizeram uma surpreendente e romântica descoberta: dois esqueletos, enterrados com os braços entrelaçados, numa inequívoca pose de abraço. No caso, um abraço que já dura de 5 mil a 6 mil anos, estimam os especialistas.
-- É um caso extraordinário - afirmou Elena Menotti, coordenadora do grupo de arqueólogos. -- Nunca encontramos na Itália um sepultamento duplo da Idade da Pedra, muito menos de duas pessoas se abraçando. E eles estão mesmo se abraçando.
A arqueóloga afirmou ser quase certo de que se trata de um homem e uma mulher, embora o dado ainda precise ser confirmado. E mais: eles morreram jovens porque seus dentes ser revelaram intactos, muito pouco gastos.
-- Devo dizer que quando fizemos a descoberta, ficamos todos muito felizes. Faço esse trabalho há 25 anos. Já participei de escavações em Pompéia, em todos os sítios famosos - contou a especialista. -- Mans nunca tinha ficado tão tocada. Essa é a descoberta de alguma coisa muito especial.
Testes de laboratório tentarão determinar a idade exata do casal no momento de sua morte e há quanto tempo eles estão enterrados. Os cientistas querem ainda comprovar, para além de qualquer dúvida, se estão mesmo diante dos restos mortais de um homem e uma mulher.
Mas, qualquer que seja o sexo dos sepultados, o símbolo do abraço eterno permanece, apontam os pesquisadores.
Publicado no jornal O Globo no dia 7 de fevereiro de 2007.
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