Que não tenham a coragem de dizer que isso é caridade ou justiça cristã
Absolvida ex-sogra acusadda de morte
Família da vítima diz que advogado citou Bíblia para influenciar jurados evangélicos
Carlos Brito* e Fabio Gusmão*
Uma defesa baseada em preceitos evangélicos. Segundo a família da professora Lia Gomes da Silva, essa foi a estratégia usada pelo advogado Natã da Silva Rozeira para conseguir a absolvição, na 1ª Vara Criminal de Queimados, de Solange Reinaldo Viana, de 52 anos, ex-sogra da vítima. Ela é apontada, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, como mandante do assassinato da professora, morta com dois tiros no dia 1º de agosto do ano passado.
— Dos sete jurados, tenho certeza de que pelo menos cinco deles são evangélicos — disse o inspetor Joel Nobre, chefe do Núcleo de Homicídios da 64ª DP (Vilar dos Teles), que esteve à frente da investigação que levou Solange e mais três pessoas à cadeia.
Segundo o advogado assistente da promotoria, Jorge Luiz Souza, várias vezes o advogado de defesa usou a palavra “evangélico”, para sensibilizar o júri.
— Ele disse que Jesus foi o primeiro criminalista e ainda fez uso de citações bíblicas, como “O salário do pecado é a morte”. Isso sem falar que, nas palavras dele, minha sobrinha seria uma destruidora de lares. É claro que tudo isso tem muito impacto sobre a decisão tomada por um grupo formado principalmente por evangélicos — disse a tia de Lia, Ruth de Figueiredo, de 53 anos.
O advogado Natã não foi encontrado para falar sobre o caso. Já o juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Queimados, classificou como “esdrúxula” a decisão dos jurados que, na noite de segunda-feira, votaram a favor da libertação de Solange.
— Eu e todos que estávamos aqui na sala do Tribunal do Júri ficamos supresos. Ninguém poderia prever que a maioria do júri fosse tomar aquela decisão — disse o juiz.
Na semana passada, foi condenada Alessandra Campello Freire de Oliveira, de 24 anos, no mesmo Fórum de Queimados, a cinco anos de reclusão, por ter sido cúmplice na morte de Lia. Segundo o juiz, durante o julgamento, Alessandra explicou detalhadamente a maneira como Solange havia elaborado o assassinato da ex-nora.
— Quando o resultado saiu, um dos jurados que votaram a favor da condenação começou a chorar, tamanha foi a surpresa — disse o juiz.
O Ministério Público recorrerá da decisão.
* Do Extra
Família da vítima diz que advogado citou Bíblia para influenciar jurados evangélicos
Carlos Brito* e Fabio Gusmão*
Uma defesa baseada em preceitos evangélicos. Segundo a família da professora Lia Gomes da Silva, essa foi a estratégia usada pelo advogado Natã da Silva Rozeira para conseguir a absolvição, na 1ª Vara Criminal de Queimados, de Solange Reinaldo Viana, de 52 anos, ex-sogra da vítima. Ela é apontada, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, como mandante do assassinato da professora, morta com dois tiros no dia 1º de agosto do ano passado.
— Dos sete jurados, tenho certeza de que pelo menos cinco deles são evangélicos — disse o inspetor Joel Nobre, chefe do Núcleo de Homicídios da 64ª DP (Vilar dos Teles), que esteve à frente da investigação que levou Solange e mais três pessoas à cadeia.
Segundo o advogado assistente da promotoria, Jorge Luiz Souza, várias vezes o advogado de defesa usou a palavra “evangélico”, para sensibilizar o júri.
— Ele disse que Jesus foi o primeiro criminalista e ainda fez uso de citações bíblicas, como “O salário do pecado é a morte”. Isso sem falar que, nas palavras dele, minha sobrinha seria uma destruidora de lares. É claro que tudo isso tem muito impacto sobre a decisão tomada por um grupo formado principalmente por evangélicos — disse a tia de Lia, Ruth de Figueiredo, de 53 anos.
O advogado Natã não foi encontrado para falar sobre o caso. Já o juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Queimados, classificou como “esdrúxula” a decisão dos jurados que, na noite de segunda-feira, votaram a favor da libertação de Solange.
— Eu e todos que estávamos aqui na sala do Tribunal do Júri ficamos supresos. Ninguém poderia prever que a maioria do júri fosse tomar aquela decisão — disse o juiz.
Na semana passada, foi condenada Alessandra Campello Freire de Oliveira, de 24 anos, no mesmo Fórum de Queimados, a cinco anos de reclusão, por ter sido cúmplice na morte de Lia. Segundo o juiz, durante o julgamento, Alessandra explicou detalhadamente a maneira como Solange havia elaborado o assassinato da ex-nora.
— Quando o resultado saiu, um dos jurados que votaram a favor da condenação começou a chorar, tamanha foi a surpresa — disse o juiz.
O Ministério Público recorrerá da decisão.
* Do Extra
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