23 março 2007

Em quem o brasileiro vota - Parte 4

Auxílio fará aumento de deputado ir a 68%


A Comissão de Finanças da Câmara aprovou aumento de 26,49% para os subsídios dos deputados e deu uma espécie de sálario indireto de R$ 5.416,81, elevando o valor do ganho mensal a R$ 21.667,23, ou 68% a mais



Jornal O Globo, primeira página, 23 de março de 2007

Petrobras

Palavras cruzadas

O Ibama cancelou ontem dez multas contra a Petrobras que somavam R$100 milhões.
Foram aplicadas em 2005 por falta de licença para perfurar área da Bacia de Campos. A causa do cancelamento foi o uso de um termo errado. Os fiscais escreveram “autorização”, e o certo seria “licença”. Ah, bom!
Mas calma que...Os autos serão corrigidos — e aí, quem sabe, a Petrobras pagará as multas.


Jornal O Globo, Coluna Ancelmo Gois, 22 de março de 2007

Palácio Rio Negro



Casa de presidentes vira museu
Palácio Rio Negro, em Petrópolis, reabre a 23 de abril


Nos 18 anos em que governou o Brasil, Getúlio Vargas não deixou de passar nenhum verão em Petrópolis. Depois de hospedar 14 presidentes e passar por uma reforma geral, o Palácio Rio Negro, no Centro Histórico de Petrópolis, será reaberto ao público no dia 23 de abril, como Museu Casa dos Presidentes. Residência oficial de presidentes e governadores, o prédio foi construído em 1889 pelo Barão do Rio Negro. O imóvel resgatou sua tradição no início do mês, quando hospedou o governador Sérgio Cabral, após a inauguração das obras de emergência.

Orçadas em R$720 mil e feitas com recursos do Ministério do Turismo, com contrapartida do município, as obras incluíram a recuperação do telhado e das paredes internas; recomposição das sancas e adornos laterais; recuperação da iluminação interna e externa; pintura geral nas áreas interna e externa; limpeza das estátuas de mármore; e recuperação dos jardins. O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1964.

O superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade, explicou que o palácio, com nove pavilhões, tem arquitetura eclética característica do período áureo do café, no fim do século XIX:

— O prédio é importante para contar a nossa história porque foi uma espécie de capital do verão do Brasil desde a época do presidente Campos Salles, no início do século passado. Por isso será o Museu Casa dos Presidentes — disse Andrade.
Nas comemorações dos seus 164 anos de fundação, Petrópolis também inaugurou a reforma do Palácio Sérgio Fadel, onde funciona a prefeitura, na primeira etapa das obras de revitalização do Centro Histórico.

— Petrópolis tem um acervo histórico e ambiental singular, que é um resumo do período do Império e da República através da sua arquitetura. É isso que atrai tantos turistas — disse o presidente da Fundação de Cultura e Turismo da cidade, Marcus São Thiago.

Apesar da sua importância histórica, o Palácio Rio Negro, que já hospedou 14 presidentes, sofreu com o abandono, que provocou ações do Ministério Público estadual e municipal. Há pouco mais de um ano, o prédio voltou para o domínio do Iphan. O prefeito da cidade, Rubens Bomtempo, disse que o Rio Negro, antes de ser fechado ao público, recebia cerca de dois mil visitantes por mês.

O Palácio Rio Negro e a casa ao lado foram vendidos em 1896 ao governo do então Estado do Rio de Janeiro para servir de residência oficial dos governadores. Em 1903, o Palácio foi incorporado pelo Governo Federal e passou a ser residência oficial de verão dos presidentes da República. Se hospedaram no palácio os presidentes Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luiz, Getúlio Vargas, Gaspar Dutra, Café Filho, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Costa e Silva.

No governo de Hermes da Fonseca, o palácio viveu talvez o seu momento mais brilhante, com a realização do casamento do Marechal Hermes com Nair de Teffé.


Matéria de Paulo Roberto Araújo, publicada no jornal O Globo, 22 de março de 2007

22 março 2007

"A Primeira Missa"





Que tal ir ao Museu Nacional de Belas Artes e encontrar ao lado do quadro "A Primeira Missa", de Victor Meirelles, o painel homônimo de Cândido Portinari, pintado em 1948 para a bonita sede (projetada por Oscar Niemeyer a pedida da família Guinle, sempre ela) do antigo Banco Boavista, na Candelária? Pois esta união, quase de um Romeu a uma Julieta, pode ser possível. O Bradesco, que comprou o Boavista, cedeu a loja e a sobreloja do prédio, onde está o painel de Portinari, para uma exposição permanente dos trabalhos do mestre Niemeyer. O próximo objetivo de Luiz Paulo Conde, secretário de Cultura do estado, é negociar a transferência do painel para o MNBA. Portinari pintou sua "Primeira Missa" no exílio de Montevidéu, onde se abrigou com a família para fugir da perseguição aos comunistas no fim dos anos 1940.

Jornal O Globo, coluna Ancelmo Gois, 21 de março de 2007

Convento do Carmo

O Rio terá de volta o antigo Convento do Carmo, uma construção de 1619, na Praça Quinze, onde morou a Rainha Dona Maria I (a louca).

O prédio tinha sido dado em concessão à Universidade Candido Mendes há 20 anos. No lugar, ficará o Inepac (Instituto do Patrimônio Cultural do Estado).


Jornal O Globo, coluna Ancelmo Gois, 21 de março de 2007

19 março 2007

Elio Gaspari

A prova de 2007 foi colada. Era de 2003
Vinte perguntas de biologia, todas idênticas,foram recicladas e mantidas na mesma seqüência


Aluno colando em prova é coisa velha. Professor de banca examinadora colando prova velha é novidade. Vinte perguntas de um dos exames do concurso público realizado no dia 11 pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal, o Ibam, para a Fundação de Saúde de Niterói, foram grosseiramente copiadas de uma prova de 2003, dada em Campinas.

A cola foi descoberta por um candidato. Num exemplo de responsabilidade pública e individual, ao saber da denúncia, o Ibam confirmou a impropriedade, destituiu a banca e pediu explicações ao autor das questões. O professor Antonio Luiz Almada Horta, da UFRJ, admitiu o erro e externou seu arrependimento. Ele fora o autor das perguntas aplicadas na prova de Campinas e simplesmente reutilizou-as, apesar de ter sido contratado para formular questões inéditas. O caso foi esclarecido em apenas três dias.
A provas de Niterói tiveram 29 mil candidatos, quase todos jovens, disputando salários de R$488 a R$1.128. Gente que estudou para amarrar seu futuro a um trabalho, acreditando que está num mundo que os respeita. A primeira surpresa veio quando o exame foi anulado por suspeita de quebra do sigilo pela abertura indevida de envelopes.

A segunda veio para os 310 candidatos às vagas de técnico de laboratório.

No segmento de conhecimentos técnico-profissionais, perguntara-se em Campinas:

“Exame parasitológico baseado em centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco com densidade 1.180, chama-se (...):”

Em Niterói perguntou-se:

“O exame parasitológico baseado em centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco com densidade 1.180, chama-se (...):”
A cola seguiu religiosamente a seqüência das vinte perguntas originais, disponíveis na internet. Em todas, foi suprimida uma opção e alterada a ordem das demais. Isso indica que o professor foi movido muito mais pela ligeireza do que por qualquer interesse na violação do sigilo. Ninguém foi prejudicado.

Houve um malfeito e, num exemplo que bem poderia ser copiado em Brasília, cada parte assumiu rapidamente seu pedaço da encrenca. Um caso que começou mal e que, pelo menos, termina de forma honesta.

Jornal O Globo, coluna de Elio Gaspari, 18 de março de 2007


Ancelmo Gois - Jóias da Coroa

Jóias da Coroa

O Ministério Público Federal investiga uma suposta falsificação d coroa real, feita em 2004, pelo Museu Imperial de Petrópolis.

São duas denúncias. Uma, a de que foram trocadas as pedras preciosas da coroa original. A outra é que o museu teria feito uma réplica sem autorização do Conselho Superior do Iphan.


Jornal O Globo, coluna Ancelmo Gois, 18 de março de 2007

09 março 2007

Americanas.com

Cópia de um email que enviei hoje para ombudsman@americanas.com
Quando (e se) tiver resposta, divulgarei aqui.




Prezada Sra. Carlota Araújo,

Desde ontem que tento efetuar sem sucesso a compra de uma CPU Sunsix, Pentium 4 no site da Americanas.com (Cód. do item: 598182).

Esta tarde tentei novamente e mais uma vez sem sucesso. Ontem o valor da CPU era de R$ 1099,00 e hoje já é de R$ 1199,00. Por não conseguir efetuar a compra, já tive um possível prejuízo de R$100,00.

O erro que ocorre é o seguinte: escolho o produto e em minha sacola de compras informo o cep, passo para a tela "Identificação", digito nesta minha senha, clico em prosseguir, passa para a tela "Pagamento", nesta aparece o meu endereço e escolho a forma de pagamento (boleto bancário), na tela é confirmada a forma de pagamento escolhido e o novo total com o desconto de 10%, clico em finalizar compra e volto de novo para a tela onde devo informar a forma de pagamento e assim indefinidamente não sendo possível ir para a tela "confirmação final" nem imprimir o boleto bancário.

Observei que nas páginas da Americanas.com é informado os telefones para televendas e de atendimento e resolvi alguns minutos atrás (entre 15:45 e 16:00) tentar uma orientação neste telefone de atendimento sobre as possíveis causas de não conseguir finalizar minha compra, quando falei com Marcia que disse que eu poderia efetuar a compra por telefone me passando para outra pessoa. Esta segunda pessoa (Paula) queria saber o código do item o qual eu não havia anotado e foi logo informando que o preço era o de hoje no site embora eu não tenha pedido para ser vendido pelo preço de ontem (apenas informado os dois preços e a marca para melhor identificação do produto) mas se fosse vendido pelo menor preço, não acho que seria nenhum absurdo pois para mim, não se trata apenas de dinheiro mas principalmente de direitos (ou quase direitos) resguardados. Quando perguntei como seria gerado o boleto e se o mesmo me seria enviado por correio, ela disse que não. Explicou-me que eu faria a compra por telefone, ela me daria então um código e eu no site da americanas.com imprimiria o boleto. Eu não concordei, pois fazer esta compra por telefone e tendo eu que gerar este boleto num site que para mim se apresenta com problemas há mais de 24 horas seria perda de tempo para nós duas. Foi quando ela impacientemente perguntou-me então se teria alguma coisa mais em que poderia me ajudar. A forma de tratamento dela foi no mínimo indelicada, impaciente e grosseira. Ficou claro que o que interessa é vender, apenas vender. Nenhuma tentativa de solução foi apresentada ou mesmo levantada. Sem vendas, sem lucros. Tudo muito imediato. Não avaliam que um bom atendimento faz um cliente voltar. Se a americanas.com pode abrir mão de clientes, os clientes mais ainda podem e devem abrir mão das americanas.com pois se os produtos estão com vocês, o dinheiro está conosco. E quem têm dinheiro, não precisa passar por dissabores como estes. Aliás, ninguém deve passar tendo ou não dinheiro. O cliente deveria no mínimo ser tratado com paciência e respeito.

Diante de tudo isso minhas reclamações são:

1) o erro no site que me impediu de finalizar uma compra (erro é erro é para ser corrigido é preciso primeiro ser constatado. Achei ingenuamente que minha reclamação ajudaria)

2) não ter encontrado por parte dos funcionários que me atenderam por telefone nenhum interesse em saber mais detalhes dos problemas no site que relatei e principalmente empenho em tentar resolvê-los de forma que eu pudesse efetuar minha compra

2) estar informado no site um telefone para atendimento e no mesmo não ter ninguém que possa receber uma reclamação do cliente. Foi o que me informou Priscila Dias, dizendo que a única forma de reclamação seria por email para
ombudsman@americanas.com (Priscila se preocupou em saber se eu sabia escrever "ombudsman", preocupação que ela não precisaria ter se tivessem optado por uma palavra em português. Fiquei com a nítida impressão que para os funcionários da americanas.com, todos os clientes são pessoas que querem comprar o que não podem pagar (e por isso reclamam da mudança de preço de um dia para o outro) e não sabem inglês. Mas ninguém de nacionalidade brasileira tem obrigação de saber inglês ...afinal, até o nome "americanas" está em português)

Espero que outros clientes não precisem passar pelo que infelizmente passei.

Boa sorte para toda a equipe da americanas.com nos futuros atendimentos e principalmente aos clientes, compradores ou não.

Atenciosamente,




Mírian C. P. Valadão

08 março 2007

Cena carioca

Ontem, perto das 15h, dois adolescentes fumavam maconha, despreocupadamente, a bordo do ônibus 51134, da linha Central-Recreio.

Quando o ônibus parou perto do BarraShopping, a cena chamou a atenção de um vendedor de refrigerantes do lado de fora. O ambulante propôs trocar uma Coca-Cola por um pouco de maconha. O negócio foi fechado.

Publicado na coluna de Ancelmo Gois, jornal O Globo, 08 de março de 2007.

07 março 2007

Maioridade penal

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